Wederson Lopes anuncia audiência pública para tratar do futuro do transporte coletivo em Anápolis
Em discurso na tribuna, na sessão dessa segunda-feira (1º.set), o vereador Wederson Lopes (UB), presidente da Comissão de Urbanismo, Transportes, Obras e Serviços Urbanos, anunciou audiência pública na próxima sexta-feira (5.set), a partir das 9h, com o tema “O Futuro do Transporte Coletivo em Anápolis”.
Segundo Wederson, todas as partes envolvidas com o setor serão chamadas, pois o debate se torna urgente devido à atual situação do transporte coletivo municipal e a reta final da concessão – faltam apenas cinco anos para o fim do contrato assinado em 24 de agosto de 2015.
“Urban, você tem condição de melhorar o serviço? A empresa alega que o prejuízo seria de R$ 3 milhões por mês. Que empresa tem condições de se manter com esse déficit?”, argumentou o vereador, frisando que o prefeito Márcio Corrêa enviou projeto de lei à Câmara pedindo autorização para que o Executivo conceda subsídio à concessionária de ônibus.
Wederson apresentou alguns dados sobre o contrato da Urban que entram no debate. Na licitação de 2010, foram dois lotes vencidos pela atual empresa. O primeiro teve outorga de R$ 15.601.000,00; já o segundo lote foi vencido com o pagamento de R$ 12.107.000,00 ao poder público municipal.
Até mesmo a reta final do contrato, com duração de mais cinco anos, segundo Wederson precisa de uma avaliação. “Será que vamos conseguir suportar mais cinco anos do serviço atual?”, questionou.
O vereador colocou alguns pontos que estão no contrato, mas que há questionamentos se estão sendo cumpridos. Existe a proposta de implantação de até 24 abrigos de parada de ônibus por ano, indicados pela CMTT. “Será que a Urban cumpriu isso que está no contrato?”, argumentou Wederson, lembrando que há, inclusive, a previsão de exploração publicitária desses abrigos, o que traria renda para a Urban.
“Dentro do contrato há também a cláusula que informa que a Urban detém a manutenção do terminal. Outro ponto: lote 1 estabelece 104 veículos e o lote 2, 86 veículos. Todos devem ter no máximo cinco anos de uso”, comentou. O vereador disse ainda que a passagem na época da assinatura do contrato era de R$ 2,50 e hoje é de R$ 6,50, o que leva ao questionamento se a empresa não apresentou preço baixo para vencer o certame, o que inviabilizou a operação no dia a dia.