Vereadores lamentam a morte do professor João Asmar

por orisvaldo — publicado 17/03/2020 11h40, última modificação 17/03/2020 11h40
Vereadores lamentam a morte do professor João Asmar

Vereadores lamentam a morte do professor João Asmar

O presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Leandro Ribeiro, e vários outros vereadores, durante a sessão ordinária desta terça-feira (17.mar), lamentaram a morte do ex-vereador, advogado e professor João Asmar, ocorrida no início da madrugada. Os parlamentares se solidarizaram com os familiares do professor.

Leandro Ribeiro lembrou que os feitos do Dr. João Asmar, enquanto detentor de mandato legislativo, estão registrados nos anais da Câmara de Anápolis. Se elegeu vereador em 1954 e exerceu dignamente seu mandato no período de 1955-1958. Como vereador conseguiu a doação de terrenos para a construção do Colégio Estadual José Ludovico de Almeida.

Em 2019 João Asmar foi agraciado pela Câmara com a Comenda Professora Nadyr de Souza Andrade, indicado pelo presidente Leandro Ribeiro. Uma homenagem concedida pelo Poder Legislativo para homenagear os professores. Na oportunidade João Asmar disse que essa era a única honraria que não possuía e que, com ela, se dava por satisfeito quanto a menções de reconhecimento de seu trabalho.

Os vereadores ressaltaram que João Asmar sempre é lembrado e citado no Poder Legislativo como “referência jurídica, moral e um verdadeiro patrimônio histórico cultural do município”.

As últimas homenagens ao Dr. João Asmar são feitas no Velório São Sebastião, no centro da cidade. O sepultamento, segundo familiares, está marcado para às 14h30, no Cemitério São Miguel. 

História
João Asmar nasceu em 18 de junho de 1922 em uma singela casa situada na Rua 7 de Setembro, próximo à Rua Barão do Rio Branco. Filho de Abrahão Jorge Asmar e Amina (libaneses, naturalizados brasileiros), que chegaram ao Rio de Janeiro em 1910.

Após dois meses vieram para Ipameri (GO), onde permaneceu por quatro anos. Depois para Silvânia (GO). Aos dois anos de idade João Asmar sofreu paralisia infantil. Sua mãe, dona Amina, o consagrou ao Pai Eterno.

Nos estudos fez o curso primário com os professores Lindolfo de Souza, Segismundo Batista e Nicéphoro Pereira da Silva. Em 1942, antes de completar os 20 anos, como presidente da Congregação Católica Mariana, ajudou a fundar a primeira escola de alfabetização de adultos de Anápolis.

Entrou para o magistério. De 1944 a 1967 lecionou nos Colégios “São Francisco”, “Brasil Central” e Escola Técnica do Comércio. E nos cursos superiores de 1965 a 2007, lecionou na Faculdade de Ciências Econômicas de Anápolis, UNIANA (hoje UEG), Faculdade de Direito de Anápolis (UniEvangélica) e na Faculdade Latino Americana (atual Anhanguera).

Contabilista; jornalista; escritor; advogado; professor; agropecuarista; classista; político.  Casou-se em 1962 com dona Maria Lúcia Rocha Asmar, falecida em 2003. Viveram juntos por 41 anos, cinco meses, vinte e três dias. Quatro filhos: Míriam, Márcia, João e José Ricardo. 

Fada
Na década de 1950 prestava serviço aos padres franciscanos.  Entrou na Faculdade de Direito de Anápolis (Fada) em 1953.  Graduado e pós-graduado em Direito Penal, Direito Agrário e Direito Processual Civil. Optou pela área criminal e durante a carreira participou de 253 juris.

A colônia árabe queria um representante na Câmara. Foi vereador pelo PSP em Anápolis na legislatura 1955/58. Foi o quarto mais votado para a legislatura. Também atuou como assessor jurídico no Poder Legislativo. 

Vereador
Como vereador conseguiu a doação de terrenos para a construção do Colégio Estadual José Ludovico de Almeida. Era amigo de Alfredo Nasser (deputado estadual, federal, senador e ministro da Justiça).

Foi diretor do Departamento de Ensino Primário da Secretaria de Educação do Estado de Goiás. Construiu vários centros de ensino, como Colégio Higino Santillo, Escola Normal Professor Faustino do Nascimento, grupos escolares Aldofo Batista e Frei André Quinn, e os colégios Carlos de Pina e Lions Melchior de Araújo.

Era membro da Associação Comercial e Industrial de Anápolis. Representou a ACIA na convenção nacional das associações comerciais que se realizou em cinco de abril de 1956, em Porto Alegre. Um dos temas foi “Mudança da Capital Federal”. Apresentou a tese, aprovada por unanimidade. 

Literatura
Lecionou Desenho, Português, História do Brasil e da Civilização, nos colégios São Francisco de Assis, Brasil Central e Escola Técnica de Comércio, de 1944 a 1967. Escreveu e publicou doze livros. Entre eles um sobre a Maçonaria.

É um dos fundadores do Lions Clube de Anápolis, em 1963.  Foi o segundo professor da Faculdade de Direito de Anápolis (Fada), que hoje integra a UniEvangélica. Nesta faculdade lecionou por 28 anos.

Atuou como professor nas matérias de Direito Público e Privado, Economia Política, e Estudos de Problemas Brasileiros, nas faculdades de Direito de Anápolis (Fada); de Ciências Econômicas de Anápolis; e de Ciências de Anápolis; além da Univerdade Estadual de Anápolis (Uniana), de 1964 a 1992. 

Cidadania
Maçon desde 7 de agosto de 2010. E ainda foi delegado do Sindicato Rural de Anápolis, procurador geral do Município de Anápolis, e cooperador ativo nas construções e mobiliário do 1º pavilhão da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis.

Quando presidente da congregação mariana, na Paróquia Bom Jesus, fundou a primeira Escola de Alfabetização de Adultos, e iniciou carreira como professor com 33 alfabetizados.

Professor de Criminologia, Direito Penal e Direito Constitucional na Faculdade Latino Americana de 2005 a 2007. Foi outorgado Educador Emérito do município de Anápolis em 1992.

Em setembro de 2019 foi outorgado como Professor Emérito do Centro Universitário da UniEvangélica.

(Foto: Diretoria de Comunicação)

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