Vereadores fazem nova ação educativa em alusão ao ‘Agosto Lilás’

por Fernanda Morais publicado 20/08/2021 14h55, última modificação 23/08/2021 16h25
Vereadores fazem nova ação educativa em alusão ao ‘Agosto Lilás’

Foto: Ismael Vieira

Ao longo da manhã desta sexta-feira (20.ago) a Câmara Municipal, por meio da Procuradoria Especial da Mulher realizou nova ação educativa em alusão ao 'Agosto Lilás', mês destinado ao combate a violência contra Mulher.

“Nosso objetivo é alcançar o maior número de pessoas para abraçar também essa causa. Precisamos conscientizar homens e mulheres sobre a importância de se combater a violência contra a mulher e de denunciar os casos dos quais tenham conhecimento”, pontuou a vereadora Cleide Hilário (Republicanos)

A ação desta sexta-feira aconteceu na Avenida Brasil esquina com a Avenida Goiás e teve as presenças da vereadora Andreia Rezende (SD) e do vereador Policial Federal Suender (PSL), e de policiais militares que fazem parte da Patrulha Maria da Penha.

Além da entrega de panfletos, as equipe dos vereadores conversaram com motoristas e orientaram sobre como buscar apoio em caso de violência doméstica contra mulheres.

“Muitas vezes essa agressão não é física, o que dificulta a sua identificação. Porém, mesmo quando psicológica a violência deixa marcas em quem sofre”, lamentou Cleide.

Andreia Rezende é uma das defensoras dos direitos das mulheres na Câmara Municipal. Ela participou da panfletagem e ressaltou a importância de se conhecer as leis e os pontos de apoio que as mulheres encontram para serem amparadas.

“Muitas vítimas aguentam caladas os maus tratos porque não conhecem o aparato disponível para acolhê-las. E esse acolhimento, essa rede de proteção disponível gratuitamente é fundamental para incentivar as denúncias”, comentou.

Andreia Rezende é autora da lei que cria em Anápolis o código Sinal Vermelho, onde as mulheres conseguem mostrar qualquer situação de risco sinalizando com a marca de um X nas mãos.

Já o vereador Policial Federal Suender defendeu que a sociedade precisa entender que as mulheres podem e estão preparadas para cuidarem de si, da família e de ser inseridas em qualquer função no mercado de trabalho.

“Muito foi conquistado, mas sabemos que ainda existe uma lacuna. Os homens precisam entender a importância do papel da mulher na sociedade”, frisou.

A cabo Gisele, da Patrulha Maria da Penha, disse que a equipe policial está a disposição da comunidade e de todas as mulheres. A militar contou que o trabalho é 24 horas e, que além de defender a integridade física das mulheres, a Patrulha Maria da Penha oferece acolhimento e ajuda as vítimas a encontrarem pontos de apoio na rede de proteção que é oferecida em Anápolis.

“Infelizmente nosso trabalho muitas vezes é dolorido, porque diariamente vemos mulheres sendo abusadas, violentadas por seus companheiros, filhos, parentes. Situação triste porque vemos que, apesar dos avanços da lei, ainda vivemos uma cultura de desvalorização das mulheres”, concluiu.

A Patrulha Maria da Penha foi criada há pouco mais de cinco anos em Anápolis. Para entender a essencialidade desta patrulha. Somente em julho deste ano, foram atendidas 14 ocorrências reativas, 219 acompanhamentos com medidas protetoras, 13 apoios, 33 monitoramentos, 9 averiguações e 66 visitas comunitárias.

As mulheres vítimas de violência têm vários canais para encaminhar denúncias e pedir socorro. Pode ligar no 180, número da Patrulha Maria da Penha, ou mesmo no 190, da Polícia Militar. E no 9.9408-5979, da Procuradoria Especial da Mulher. O enfrentamento à violência contra a mulher é tema sempre presente nas ações da Câmara Municipal de Anápolis. A Mesa Diretora oferece toda a estrutura e as condições necessárias para que os vereadores atuem nesta área específica.