Simpósio debate formas de acompanhamento de unidades de saúde pública geridas por Organizações Sociais (OS)

por Orisvaldo Pires publicado 20/10/2022 16h43, última modificação 20/10/2022 16h43
Simpósio debate formas de acompanhamento de unidades de saúde pública geridas por Organizações Sociais (OS)

Simpósio debate formas de acompanhamento de unidades de saúde pública geridas por Organizações Sociais (OS)

A advogada e presidente da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pará, Gyanny Dantas falou sobre as experiências em seu estado em relação à gestão de unidades de saúde por Organizações Sociais (OS). A palestra aconteceu na noite desta quinta-feira (20.out), no Plenário Teotônio Vilela, da Câmara Municipal de Anápolis. De iniciativa do vereador José Fernandes (MDB), em parceria com a Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da OAB Subseção Anápolis, o tema foi debatido durante simpósio sobre as vantagens e desvantagens da contratação de OS nos serviços de saúde pública.

Gyanny Dantas lembrou que o Pará protagonizou, há algum tempo, inúmeros escândalos envolvendo OS na saúde, que repercutiram em todo o país. Essa situação, segundo ela, forçou a adoção de medidas em conjunto por parte da OAB local, o Ministério Público, o Conselho Municipal de Saúde, a Câmara Municipal, entre outros órgãos de fiscalização. Agora, segundo ela, o processo está sob controle e as unidades geridas por OS têm resultados satisfatórios.

Essa experiência, lembrou Gyanny Dantas, foi a base da palestra que ministrou em Anápolis. “Estou feliz em partilhar essa vivência que tivemos no Pará. Vi aqui o cuidado que as pessoas têm com a saúde da população. Entendo que, a partir das técnicas e experiências que comprtilhamos, os vereadores anapolinos terão um olhar mais cuidadoso e quem ganha é a população”, disse a advogada.

O farmacêutico Leonardo Gomes Costa, especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar, também palestrou sobre as OS na saúde. Na pressuposição que a população esteja informada sobre o assunto, disse entender que a Câmara Municipal, ao chamar o debate, presta relevante trabalho de informação, “buscando novos entendimentos, para que a população fique mais assistida, mais focada no tema, que a gente busque o atendimento do povo e que o povo cobre esse atendimento”.

Para o presidente da OAB Anápolis, Samuel Santos e Silva, o simpósio trouxe informação à sociedade sobre a presença das OS na gestão de setores da saúde pública. Segundo ele a Câmara Municipal tem o poder de fiscalizar. “Ao unirmos as forças vamos errar menos na execução desse serviço”, alertou. Disse ainda que a OAB tem uma comissão específica para tratar das questões da saúde e do direito médico, que atua com os sindicatos, as OS e o poder público, “queremos contribuir para que a população seja bem atendida”.

A presidente da Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da OAB Anápolis, Elinner Rosa de Almeida Silva e Gonçalves avaliou que Gyanny Dantas esclareceu vários pontos que devem ser avaliados. Disse que o simpósio objetivou abrir a conversa e tornar o tema mais transparente. “Informação e transparência é a base do Estado Democrático de Direito, e a OAB cumpre sua função social”, ressaltou.

O vereador José Fernandes informou que, em 2021, promoveu uma audiência públicas sobre saúde e que, agora, o simpósio significa avanço em relação à presença das OS no serviço de saúde pública.  E lembrou que a UPA da Vila Esperança, a UPA Pediátrica, o Hospital Municipal Alfredo Abrahão e algumas unidades básicas de saúde estão sob a gestão de OS. “Mas não redime da responsabilidade dos princípios do SUS. Precisamos, além de prestação de serviço com excelência, fiscalizarmos, pois dinheiro publico vai para esses locais”, concluiu.

(Foto: Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)

registrado em: