Professor Marcos evidencia complexidade da presença de pessoas em situação de rua e que internação compulsória não pode ser a “única receita”
Professor Marcos evidencia complexidade da presença de pessoas em situação de rua e que internação compulsória não pode ser a “única receita”
O vereador Professor Marcos (PT) disse na sessão ordinária desta quarta-feira (10.set), na tribuna, que o debate sobre as pessoas em situação de rua em Anápolis deve evitar viés partidário ou ideológico, mas, sim, tratar como “um assunto da sociedade”.
O primeiro passo, disse, é entender a complexidade desse público. O vereador acredita que é preciso desenvolver um processo completo, com apoio psicológico e psiquiátrico, levantar informação da procedência de cada pessoa, atuar na reconstrução de vínculos, confecção de documentos, opções de trabalho, e oferta de tratamento de saúde regular “e não só com caixa de remédio”.
Professor Marcos ressalta que este é um trabalho difícil de fazer e, para evoluir neste debate, é necessário atuação conjunta do poder público, da sociedade civil, das igrejas e das Organizações Não-Governamentais (ONGs).
A discussão sobre eventuais encaminhamentos de pessoas em situação de rua para clínicas (as antigas chácaras), segundo Professor Marcos, deve ser conduzida “com zelo”. Lembrou que, nos últimos dois anos, caiu o disfarce de algumas clínicas que funcionavam como “campos de concentração”.
A discussão é mais complexa, avalia o vereador. Há casos em que clínicas são tratadas como comércio e outros em que as próprias famílias querem “se livras de problemas”. A receita, diz Professor Marcos, não é única para a solução desta demanda. Defende o fortalecimento dos RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) e dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Além de valorizar a rede de apoio das igrejas. “Não pode ser só internação compulsória. É preciso garantir os direitos de todos os cidadãos”, afirmou.
(Foto – Allyne Laís)