José Fernandes faz ponderações sobre vacinação de crianças e jovens com idade a partir de 12 anos

por Orisvaldo Pires publicado 18/08/2021 14h15, última modificação 18/08/2021 14h12
O vereador José Fernandes (PSB) utilizou-se da tribuna na sessão ordinária desta quarta-feira (18.ago) e, em tom de alerta, disse que estudos realizados em países como os Estados Unidos revelam possíveis complicações em crianças e jovens com idade a partir dos 12 anos, especificamente quando submetidos à vacina contra Covid-19 do laboratório Pfizer.
José Fernandes faz ponderações sobre vacinação de crianças e jovens com idade a partir de 12 anos

José Fernandes faz ponderações sobre vacinação de crianças e jovens com idade a partir de 12 anos

José Fernandes, que também é médico, relatou que as ponderações em relação a este público, sobre as complicações, não são muito divulgadas. O vereador citou que, entre as complicações, foi documentada a miocardite. “A Anvisa, mesmo ciente disso, autorizou e, já que está autorizado pelas autoridades competentes, cabe aos gestores executar“, ressaltou.

Segundo ele a ação da vacina Pfizer é questionada quanto às duas doses, “e, nos países como Israel, devido a nova variante, a Delta, caiu a eficácia (da vacina) de 95% para 64%, exigindo desses países a aplicação da terceira dose, que já está fazendo, e diminuindo o intervalo entre as doses”. Disse que países que já realizaram plenamente a segunda dose, começam a aplicar a terceira dose.

Esta vacina (Pfizer), reforça José Fernandes, é que está autorizada pela Anvisa e anunciada para começar a imunização de crianças. “Sou totalmente a favor da vacinação contra a Covid, mas acho que o público (alvo) pode ser ainda aqueles que estão mais vulneráveis, e os trabalhos mostram que a taxa de infecção e de mortalidade entre crianças e adolescentes não é tão alta como na população adulta”.

José Fernandes disse que “vacina boa não é a vacina no braço, a vacina boa é aquela que não tem risco de morte para quem a recebe”. O vereador traçou uma linha do tempo para lembrar que, em 24 de julho, o governador Ronaldo Caiado disse que 90% das vacinas seriam destinados à população em geral e 10% aos grupos prioritários.

Em 27 de julho, disse, o Ministério da Saúde publicou que o ministro havia anunciado que adolescentes de 12 a 17 anos seriam incluídos na vacinação, com prioridade para comorbidades, após a conclusão do envio de ao menos a primeira dose à população adulta. E que, segundo o ministro, a decisão foi tomada em conjunto entre estados e municípios. E ainda que, após distribuída, o intervalo entre as doses seria diminuído de 90 para 21 dias. Segundo ele, em função de alcançar imunidade em relação à variante Delta.

No Diário Oficial da União do dia 30 de julho, acrescentou José Fernandes, foi publicada alteração na lei que trata do Plano Nacional de Operacionalização da vacina, incluindo a população de 12 a 17 anos com comorbidades como grupo prioritário.

(Foto: Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)

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