José Fernandes critica falha de comunicação no sistema de cirurgias em hospital municipal gerido por OS

por Orisvaldo Pires publicado 11/12/2023 15h38, última modificação 11/12/2023 15h38
José Fernandes critica falha de comunicação no sistema de cirurgias em hospital municipal gerido por OS

José Fernandes critica falha de comunicação no sistema de cirurgias em hospital municipal gerido por OS

Na sessão ordinária desta segunda-feira (11.dez), na tribuna, o vereador José Fernandes (MDB) repercutiu a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que bloqueou os repasses do Município para a Organização Social João Paulo II, responsável pela gestão do Hospital Municipal Alfredo Abrahão.

Segundo ele, o parecer do TCM sobre o bloqueio tem 17 páginas, “e entendo que, aqueles que queiram contra-argumentar a decisão, que pelo menos leiam o documento antes”. José Fernandes disse que recursos superiores a R$ 50 milhões, já repassados à OS, “não tiveram o cuidado de anotar a prestação de contas”. E criticou o que chamou de “quarteirização dos serviços”.

José Fernandes reclamou ainda da desorganização no atendimento e na comunicação com os pacientes. Segundo ele, a equipe que tem a responsabilidade de realizar as cirurgias ainda está formando seus profissionais. “Ao mesmo tempo há uma agenda de pacientes que passaram pela regulação, que foram ao hospital e, ao chegar, foram informados que não tem médico para realizar o procedimento. E a unidade não cancelou os atendimentos previamente marcados”, criticou.

Na sexta-feira (8.dez), informou o vereador, o Município publicou Edital, no Diário Oficial, chamando para credenciamento de prestadores. “E nos estranha que o período de inscrição para os interessados se resume a hoje [segunda-feira, 11]. A sensação que dá é que já sabem quem serão as escolhidas. Um absurdo. É no mínimo estranho, para não falar que já há uma pré-escolha. E o Edital, em nenhum momento, fala de situação emergencial”, comentou o vereador. 

OUTROS TEMAS
José Fernandes disse ainda que, na última audiência pública de prestação de contas da Prefeitura, cobrou transparência na divulgação dos valores aplicados em publicidade pelo município. “E isso tem que ser feito via Relatório Geral de Execução de Publicidade, como ocorre com a Prefeitura de Goiânia e com o Governo do Estado. Em Anápolis não faz”, ressaltou.

O vereador do MDB lamentou a situação dos profissionais da enfermagem que, segundo ele, podem virar o ano sem uma definição sobre o recebimento do piso nacional. “O dinheiro já está aqui. O próprio prefeito admitiu, são R$ 7 milhões. E em outubro entraram mais R$ 1,5 milhão. E não há qualquer comunicação sobre isso”, disse.

Sobre o questionamento feito ao Ministério Público, sobre o Decreto Municipal que delega a gestão de unidades básicas de Saúde às Organizações Sociais, José Fernandes disse que espera um posicionamento do MP e do Judiciário. Confirmou ainda que votou contra o projeto que autorizou o município a realizar empréstimo para obras do Anápolis Investe. “E não entendo essa postura como um desserviço. Teve razões. A médio e longo prazos é algo destrutivo. Dívida não é investimento”, reafirmou.

Por último comentou sobre os quatro meses de mandato do deputado federal Márcio Corrêa, do MDB, vencidos no dia 5 de dezembro de 2023. José Fernandes disse acreditar que Corrêa deva falas das atividades que realizou neste período. Entre elas a emenda de R$ 300 mil para a Maternidade Dr. Adalberto, a pedido de Dominguinhos do Cedro e do Legislativo. E citou outra emenda de R$ 1 milhão. “Márcio Corrêa é uma referência da cidade, como liderança espontânea, que não tem estrutura para comprar seus seguidores. Mas é acompanhado por quem acredita no projeto. Tem sabedoria e liderança naturais”, concluiu.

(Foto – Ismael Vieira)

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