Jakson Charles critica falta de investimento no SUS situação que considera “estelionato eleitoral”

por Orisvaldo Pires publicado 10/05/2021 14h26, última modificação 10/05/2021 14h26
O vereador Jakson Charles (PSB), líder do prefeito na Câmara, disse na tribuna que o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser considerado um “estelionato eleitoral”. Segundo ele a pandemia mostrou que “basta precisar do SUS para ver a catástrofe que é, uma vergonha, não conseguimos detectar investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia”.
Jakson Charles critica falta de investimento no SUS situação que considera “estelionato eleitoral”

Jakson Charles critica falta de investimento no SUS situação que considera “estelionato eleitoral”

Jakson Charles avaliou que, ao contrário, esta área é vítima de constantes reduções de investimentos, “como se não fosse importante para o país”. Segundo ele essa fraude eleitoral não é apenas de agora, mas verifica-se nos últimos tempos. O líder do prefeito também faz cobranças à Justiça brasileira, “que às vezes se apega a coisas pequenas, enquanto tem que enxergar que já passou da hora de tomar uma posição contra aqueles políticos que enganam o povo”.

O vereador do PSB também citou a falta de vacinas, que classifica como “caótico”. Segundo ele essa situação revela falta de planejamento e de investimentos em saúde, ciência e tecnologia, “e somos obrigados a aceitar a falta de planejamento para salvar a vida das pessoas, se houvesse respeito à população e à vida, não passaríamos por isso”.

Os professores e profissionais da saúde, afirmou Jakson Charles, “são obviamente importantes”, mas ressalta que “todos somos importantes, o comerciário e o comerciante também não são importantes?”. E emendou: “esses profissionais têm contato direto com as pessoas, também tem que trabalhar para sustentar suas famílias, não são menos importantes que ninguém, essa divisão de quem é mais ou menos importante na hora de receber a vacina é a comprovação da falta de planejamento, de incompetência dos nossos governantes da Nação”.

Jakson Charles alertou que os vereadores vão começar a receber ligações das pessoas, que não conseguem colher assinaturas nos formulários de comprovação de comorbidades. “Isso porque o Governo Federal não deu estrutura aos municípios para fazerem esse atendimento. Jogou a responsabilidade nas costas dos municípios, que não tem estrutura física ou humana para fazer isso”, ressaltou. E chamou atenção para o surgimento de fraudes que deve ocorrer na questão da comprovação de comorbidades.

O líder do prefeito também criticou a postura do governador Ronaldo Caiado (DEM) que, segundo ele, “fica tirando foto ao lado de caixas de vacina e acha que isso é bonito, toda hora tira foto, fazendo campanha política com um assunto tão sério como este”. Jakson Charles disse que o Poder Legislativo não pode se calar diante desta situação, “porque nossa fala vai chegar aos deputados estaduais e federais”.

Repercussão – O vereador Lisieux José Borges (PT) colaborou com a explanação de Jakson Charles e disse que, no momento atual, nem mesmo foi concluído o processo de vacinação das pessoas com idade de 60 anos ou mais, “muitos dos quais ainda esperam a segunda dose da vacina”. Lisieux informou que chegaram aproximadamente 1,8 mil doses, enquanto existem mais de quatro mil pessoas com idade acima de 60 anos que esperam a vacina.  

O presidente da Câmara, vereador Leandro Ribeiro (PP), concordou com a afirmação de Jakson Charles de que a pandemia mostrou que o SUS está falido. “O município de Anápolis fez o dever de casa e aumentou o número de leitos de UTI, caso contrário a situação seria pior. Pessoas com planos de saúde consistentes não conseguiram atendimento na rede privada de saúde e foram acolhidos na rede pública, no Centro Norma Pizzari, hospital que a Prefeitura custeia desde o início da pandemia”, concluiu.

(Foto: Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)

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