Domingos pede que José Fernandes devolva para tramitação o projeto ‘Meu Lote Minha História’

por Marcos Vieira publicado 16/05/2022 11h54, última modificação 16/05/2022 11h54
Em discurso na tribuna, na sessão desta segunda-feira (16.mai), o vereador Domingos Paula (PV) fez um apelo ao vereador José Fernandes (PSB), que devolva o projeto que diz respeito ao programa ‘Meu Lote Minha História’ na Comissão de Urbanismo, Transporte, Obras, Serviços e Meio Ambiente.
Domingos pede que José Fernandes devolva para tramitação o projeto ‘Meu Lote Minha História’

Vereador Domingos Paula, do PV (Foto: Ismael Vieira)

Fernandes pediu vistas da matéria na última sexta-feira (13.mai) e decidiu não devolvê-la em nova reunião da Comissão de Urbanismo, realizada na manhã desta segunda-feira (16.mai).

“Vereador que tem compromisso com o cidadão, quando chega à Casa um projeto com interesse popular, já busca no sistema, lê e quando chega na comissão já tem parâmetro”, disse Domingos.

“Para minha surpresa o vereador disse que não iria devolver o projeto [hoje]. Eu disse que era algo importante para a sociedade, mas José Fernandes falou que não interessava, que iria estudar o projeto”, continuou Domingos.

“Não pode ser só da cabeça dele, tem que ter algo mais. O senhor veio lá de baixo, venceu na vida, sabe a importância de alguém ganhar um lote, agora tenta travar um projeto desse tipo?”, argumentou o vereador do PV.

Domingos citou o caso da mãe que foi achada por policiais dentro de uma mata, numa barraca. “Aí vem um projeto de interesse social, que vai distribuir 2,8 mil lotes, e ele tem o trâmite travado”, completou.

Em aparte, o vereador Delcimar Fortunato (Avante) comentou que estava triste, assim como Domingos, pela atitude de Fernandes segurar o projeto. “Devolve esse projeto, em nome das pessoas que precisam”, disse.

Segundo Domingos, o projeto ‘Meu Lote Minha História’ começou a ser preparado em 2020, mas é preciso fazer a análise das áreas a serem doadas. “O que me deixa triste é que o vereador teve uma infância difícil, sabe como é fundamental uma família que não tem casa ganhar um lote”.

Domingos contou sua própria história. “Quando mudei para o Bairro de Lourdes, meu pai comprou um lote à prestação. Moramos por seis meses numa barraca de lona. Furamos a cisterna, não tinha banheiro. Fizemos três cômodos para poder morar. Minha história me faz reconhecer que é fundamental que abracemos um projeto de cunho social”, ressaltou.

“Fico triste, mas espero que seu coração seja sensível, que possa colocar a cabeça no travesseiro e devolver o projeto”, finalizou Domingos, se dirigindo a José Fernandes.

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