Diretoria do Inmceb apresenta modelo de assistência à saúde mental disponível em Anápolis

por Fernanda Morais publicado 17/11/2021 12h13, última modificação 17/11/2021 12h13
Diretoria do Inmceb apresenta modelo de  assistência à saúde mental disponível em Anápolis

foto: Ismael Vieira

Á convite do vereador Jakson Charles (PSB), líder do prefeito Roberto Naves (PP), na Câmara Municipal, integrantes da diretoria do Instituto de Medicina do Comportamento Eurípedes Barsanulfo (Inmceb), participaram da sessão ordinária desta quarta-feira (17.nov).

A ideia foi apresentar aos parlamentares e comunidade anapolina o modelo funcionamento da unidade que está instalada onde antes era Hospital Espírita de Psiquiatria.

A diretora-técnica do Inmceb, Marinalva Ribeiro, explicou que o local passou por mudanças no atendimento e acolhimento de pacientes com transtornos mentais e passa a fazer parte de uma rede de assistência integra

Marinalva disse que o Instituto não é porta de entrada para pacientes com transtornos mentais ou em situação de crise. Segundo ela, antes é preciso seguir um protocolo através da Regulação.

Assim, os pacientes chegam ao Instituto através do  Samu, ou através de atendimentos pré-realizados pela UPA da Vila Esperança ou pelo Centro de Assistência Psicossocial (Caps), que atua no setor de saúde mental em Anápolis ou vizinhos pactuados.

“A internação, que é a nossa prestação de serviço, é a última instância para um paciente com transtorno mental. Claro que temos aqueles em crise grave que precisam dessa assistência de acolhimento e internação, mas esses também passam pela Regulação”, informou.

Marinalva lembrou que a política de saúde para transtorno mental vem se modificando mundialmente ao longo do tempo. Por isso, várias unidades que trabalhavam nesse segmento fecharam as portas com passar dos anos.

“Antes existiam o que chamamos de manicômios. Onde as pessoas com transtorno mental de alto grau não eram assistidas, mas excluídas. Eram locais de abandono e não de cuidados. Com a nova política vivemos essa mudança no modelo de assistência. Internação é a última solução, feita quando necessário, mas de uma maneira honesta, justa, com tempo reduzido e como parte de uma rede de atendimento”, pontuou.

“Assim a rede de atendimento psicossocial contempla atenção básica de saúde com o SAMU, o Caps, a Upa, as unidades de saúde, o convívio familiar e também a estrutura oferecida pelo Inmceb”, reforçou.

Além de Anápolis, pelo menos 100 outros municípios são atendidos pelo Instituto de Medicina do Comportamento Eurípedes Barsanulfo, que possui 5 leitos para internação infanto-juvenil e pelo menos 100 leitos adultos.

O líder do prefeito, Jakson Charles agradeceu a presença dos diretores da instituição e solicitou que seja marcado um novo encontro com os vereadores para tirar dúvidas sobre a assistência que é oferecida no Inmceb.

“Agradeço ao Milton, Renata, Ludmilla, o Eurípedes Barsanulfo e a Marinalva por participar da nossa sessão e ainda trazer tantos esclarecimentos comunidade anapolina”, frisou Jakson.

O vereador professor Marcos (PT), pediu que vereadores e deputados de Anápolis unissem forças para ajudar o Instituto a receber pagamentos atrasados de responsabilidade de gestões anteriores no Governo do Estado. De acordo com o professor, toda a estrutura oferecida para população no Instituto tem um custo. “E se contas forem pagas, aumenta a capacidade de atendimento no local”, disse.

Reamilton Espíndola agradeceu e elogiou o trabalho de todos os profissionais do Inmceb. “Contem com nosso mandato. Marinalva é especialista no segmento e sabemos que já avançamos, mas o caminho da assistência para esses pacientes é longo”, frisou.

Wederson Lopes questionou como é feita a internação compulsória de dependentes químicos na unidade, considerando que é o único local autorizado pelo Ministério Público (MP) para a ação.

Marinalva explicou que é preciso seguir um protocolo judicial. Mas citou que muitas clínicas clandestinas - já fechadas por órgãos reguladores em Anápolis - mantinham os seus assistidos em situação de abandono e maus-tratos.

“Com violação de todos os direitos humanos. Em um exemplo, mulheres eram feitas como escravas sexuais para pagar as sua manutenção nesses espaços. Violência e desrespeito”, concluiu.

 

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