Câmara sedia audiência pública pelo Dia da Consciência Negra
A Mesa Diretora foi composta pela assistente social da Superintendência de Igualdade Racial (SUPIR), Marilene Martins, o representante da União dos Negros (UNEGRO), Edergênio Vieira, o diretor da secretaria municipal de Indústria e Comércio, Ilmar Lopez, e a representante da Subsecretaria Regional de Educação, Kátia Caixeta.
O trabalho foi conduzido pelo deputado que argumentou sobre a necessidade de debater o assunto. “Várias manchetes sobre discriminação foram expostas esta semana nos noticiários, o que acaba nos obrigando a refletir sobre o tema.”, disse. O deputado ainda destacou que debates como esses, podem emergir soluções eficazes para a questão da valorização da consciência negra, para a implantação de medidas que visem compensar toda forma discriminatória.
Carlos Antônio explicou aos presentes alguma das atividades e leis existentes no Brasil a favor da igualdade racial. No âmbito federal existe o programa Diversidade na Universidade, como também o Programa Nacional de Ações Afirmativas. Já em 2010, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, que garante a igualdade de oportunidades.
No Estado, a Lei 14.832 fixa cotas para negros nas instituições de ensino superior como também a Semana da Cultura Negra. Outra ação é a Lei 16.239 que institui calendário cívico cultural do Estado de Goiás e o Dia a Semana Estadual da Consciência Negra.
Para Valmir Jacinto a discriminação visual é o que fazem os negros sentirem discriminados. Jacinto ainda disse que audiências como estas ajudam a “levantar a autoestima do negro” e também a combater desigualdade.
O vereador Mauro Severiano durante sua fala destacou que sente orgulho de sua cor. Para Domingos Paula, a Câmara é o melhor local que o deputado poderia ter escolhido para detaber sobre o assunto.
De acordo com Edergênio Vieira, o dia 20 de novembro é uma data especial para todos e que neste ano os negros receberam apoio da ONU. De acordo com ele, as leis existentes em beneficio aos negros são frutos das articulações do movimento negro. Para ele, o desafio agora é implantar políticas publicas que garantam a igualdade. “Tenho um sonho que os meus filhos não sejam julgados pela cor da pele e sim pelo caráter. Raça humana só existe uma, o que no difere é a nossa cultura. Brancos e negros devem viver harmoniosamente”, completou.
Ao finalizar a audiência, Carlos Antônio ressaltou que a consciência começa respeitando o próximo. “A cor é apenas uma tonalidade, não quer dizer que um é melhor do que o outro. Vamos tratar todos iguais assim tomaremos um rumo diferente”, destacou Carlos.
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