Câmara participa de inspeção ao Aterro Sanitário, após adequações e construção da ETE, que teve investimentos de R$ 2 milhões da Prefeitura de Anápolis

por Orisvaldo Pires publicado 23/06/2025 19h00, última modificação 24/06/2025 12h28
Câmara participa de inspeção ao Aterro Sanitário, após adequações e construção da ETE, que teve investimentos de R$ 2 milhões da Prefeitura de Anápolis

Câmara participa de inspeção ao Aterro Sanitário, após adequações e construção da ETE, que teve investimentos de R$ 2 milhões da Prefeitura de Anápolis

A presidente da Câmara Municipal de Anápolis, vereadora Andreia Rezende (Avante), participou da inspeção ao Aterro Sanitário de Anápolis, na tarde desta segunda-feira (23.jun), ao lado do prefeito Márcio Corrêa (PL). O Poder Legislativo também foi representado pelos vereadores Jean Carlos/PL [líder do prefeito]; Seliane da SOS (MDB), Elias do Nana (PSD) e Wederson Lopes (UB).

A inspeção se dá após a realização de obras e serviços, por parte da Prefeitura de Anápolis, com objetivo de atender as orientações técnicas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD). O Município investiu R$ 2 milhões nas ações de adaptações, em parceria com a empresa que opera o local, a Quebec Ambiental, situação que coloca o Aterro Sanitário de Anápolis como referência no tratamento de resíduos sólidos. Inclusive foi construída uma estação própria para o tratamento do chorume [também conhecido como lixiviado ou líquido percolado, um líquido escuro, viscoso e com odor forte, resultante da decomposição de matéria orgânica em aterros sanitários, lixões e outros locais de disposição de resíduos].

Andreia Resende destacou a participação dos vereadores na inspeção feita ao Aterro Sanitário e dos projetos e ações dos parlamentares relacionados ao Aterro Sanitário da cidade. A presidente da Câmara evidencia que a regularização do processo de descarte de resíduos sólidos é fundamental para o meio ambiente. “A Câmara está atenta a essa questão. Até criamos uma comissão voltada ao Meio Ambiente”, lembrou. Andreia reconheceu a prioridade dada ao tema pelo prefeito Márcio Corrêa, “que encara o assunto com a relevância que ele merece”.

Jean Carlos e Seliane da SOS evidenciaram a luta dos vereadores para que o Aterro Sanitário fosse adequado às normas técnicas e tivesse ampliada sua vida útil. “Com destaque para o início das obras da Estação de Tratamento de Chorume própria, exigência legal recente, determinação para que o aterro continue atuando de forma regular e com autorização plena”, disse Jean Carlos. 

PACTUAÇÃO
Pelo menos outro cinco municípios próximos estão pactuados com Anápolis para encaminhamento dos resíduos sólidos que produzem: Campo Limpo de Goiás, Goianápolis, Terezópolis de Goiás, Ouro Verde de Goiás e Abadiânia. O secretário de Obras e Meio Ambiente, Thiago de Sá Lima, explica que o Aterro Sanitário agora é gerido com tecnologia de última geração, “no passado era um lixão, agora não corre qualquer risco de interdição”.

O diretor de Zeladoria e Resíduos Sólidos, Paulo Vargas, informou que, no processo de licenciamento, é cobrado que o Município atenda a condicionantes ambientais ou etapas para garantir a segurança ambiental e da população vizinha. As cobranças feitas pela SEMAD, disse, foram atendidas: recobrimento de resíduos, tratamento de efluente, drenagem do percolado e do gás Metano.

Todo o chorume que antes era produzido no Aterro Sanitário de Anápolis, explica Paulo Vargas, era destinado às quatro lagoas existentes no local e, posteriormente, transferido para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Saneago. Ou era feita a recirculação do chorume. Essas técnicas, assegura, “são inadequadas”. Agora, disse, o chorume sai com característica para reuso, seja para irrigação de jardins, molhamento de vias e outros usos, que não seja para o consumo humano. 

SUSTENTABILIDADE
Quando assumiu a Prefeitura, em janeiro deste ano, disse o prefeito Márcio Corrêa, “a situação do Aterro Sanitário era deplorável, se gastava milhões e aumentava o passivo ambiental para a cidade”. Segundo ele, sua administração buscou soluções “ecologicamente sustentáveis e economicamente viáveis”. Disse que, além da Estação de Tratamento do Chorume, há projetos para ampliar a geração de energia e do gás Metano produzido no aterro.

A vida útil do Aterro Sanitário, a partir das adequações e da ampliação das células, segundo Márcio Corrêa, será de aproximadamente 30 anos. “As ações que adotamos agora são mitigadoras, emergenciais. Há ainda muito a ser feito. Antes o chorume era descartado de forma irresponsável. Agora é diferente e estamos reduzindo o passivo ambiental”, comentou o prefeito. Afirmou ainda que o desejo de sua gestão é sair do sistema de terceirização do Aterro e buscar o modelo da concessão.

(Foto – Leandro Lage)

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