Aprovado projeto de Lisieux que cria Semana de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

por Marcos Vieira publicado 18/08/2021 15h29, última modificação 18/08/2021 15h29
Projeto de lei do vereador Lisieux José Borges (PT) que institui a Semana Municipal de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa foi aprovado na sessão dessa quarta-feira (18.ago). O texto ainda precisa ser votado em segundo turno antes de seguir para sanção do Executivo.
Aprovado projeto de Lisieux que cria Semana de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Vereador Lisieux José Borges, do PT (Foto: Ismael Vieira)

A propositura estabelece que as atividades de conscientização sejam realizadas anualmente na semana de 15 de junho. O objetivo é que aconteçam palestras, debates e exibição de filmes para os pais e alunos da rede escolar, além da promoção de concursos de redação e de desenhos, e outras práticas pedagógicas destinadas aos estudantes. Também poderão ser realizadas palestras e debates para os profissionais da rede de saúde, a serem ministrados por psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais.

Em discurso na tribuna, Lisieux trouxe números que reforçam a importância de se debater o tema. Segundo ele, a média é de 10 denúncias de violência contra idosos por dia na cidade. E a maioria dos casos ocorre na própria residência da vítima, com 85,6% dos registros tendo como agressor o filho do idoso. Em 56% dos casos, quem provoca a violência é o neto.

“São casos de violência física e psicológica, além de abandono e abuso financeiro”, explicou Lisieux. O vereador contou episódio que chegou até ele como conselheiro do Asilo São Vicente de Paulo. “Um senhor abandonado, com problemas de discernimento, chegou até nós. A delegacia especializada fez uma apuração e descobriu que era uma pessoa de posses, fazendeiro, dono de gado, mas a família tomou conta de tudo, o deixando vivendo como um indigente”, relatou o vereador.

Lisieux disse que o caso ilustra a importância de também se denunciar os abusos. “Onde perceber que existe o problema, temos que denunciar. Acontece entre quatro paredes e dificilmente os casos chegam ao público”.