Anápolis investiu quase R$ 207 milhões em saúde no 2º quadrimestre, segundo prestação de contas
A prefeitura de Anápois investiu R$ 206,8 milhões na saúde no 2º quadrimestre de 2025, segundo prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, apresentada nesta sexta-feira (10.out), na Câmara Municipal de Anápolis. O procedimento é obrigatório devido a uma obrigatoriedade criada pelo Lei nº 4.423, de 27 de dezembro de 2024, aprovada na Casa.
O investimento é ligeiramente maior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 180,6 milhões, como aponta o relatório apresentado, e também cerca de R$ 28 milhões maior que o do primeiro quadrimestre, que foi de R$ 178,8 milhões nos primeiros quatro meses. Do total de despesas, R$ 96,1 milhões form municipais, R$ 10,1 milhões estaduais, e R$ 100,5 milhões foram de depesas federais. Vale destacar que a Constituição determina um investimento mínimo de 15% em saúde, e Anápolis alcançou o índice de 25,4% na área.
A secretária municipal de Saúde Eliane Pereira dos Santos, afirmou, ao apresentar os dados, que a população tem “presenciado que a saúde vem acontecendo, se organizando”. Ela apontou que a organização da atenção básica ajudou a diminuir a demanda da UPA Alair Mafra, e que todas as filas de cirurgia foram reduzidas de forma “gigantesca”. “No segundo semestre de 2026 deve ser entregue à população a Policlínica, com bastante serviços especializados”, assegurou.
Já o prefeito Márcio Correa (PL), afirmou, durante a prestação, ter assumido a gestão “com uma rede de urgência e emergencia colapsada” e “com uma única unidade de porta aberta, que é a UPA Alair Mafra”. Segundo ele, a unidade passará por uma reforma em breve. “Conseguimos equilibrar o atendimento da urgência e emergência e o meu anseio agora é virar a chave do atendimento especializado, com foco na saúde mental e pacientes oncológicos”, garantiu.
O prefeito ainda destacou que é preciso buscar protagonismo para solução dos problemas. “Quando um paciente precisa de saúde, ele não quer saber de quem é essa competência. Por isso a gente precisa achar o camiho e resolver o problema”, disse.
Atendimentos
Segundo a Semusa, também houve um aumento de mais de 7% nos atendimentos da atenção primária no período, que passou de 285.708 atendimentos para 307.709. Já os atendimentos de urgência foram 140.195 no quadrimestre e o SAMU atendeu 22.066 ocorrências, com uma média de resposta de 34 minutos, que foi reduzida em 25% em relação ao ano passado.
De acordo com o relatório, o município conseguiu reduzir drasticamente também os casos de dengue, em 74,6%. Em 2024, no quadrimestre, foram 8.088 casos, diante de 2.051 esse ano.